sexta-feira, 28 de maio de 2010

Noti28 de maio de 2010 N° "SUA SEGURANÇA - HUMBERTO TREZZI"

Os principais motivos para o otimismo
As últimas contabilizações mostram que nunca se apreendeu tanto crack como de dois anos para cá. Claro, não sejamos ingênuos, a produção de crack também aumentou. Mas a situação poderia ser bem pior, convenhamos: a “pedra” rolando solta pelos cachimbos dos viciados e no bagageiro dos carros, sem ninguém para confiscá-la. A realidade mostra o contrário, que as operações policiais, mesmo não integradas, sempre resultam em farto material apreendido.– O governo do Estado lançou um programa pelo qual foram criadas 617 vagas em hospitais gerais, para internação de dependentes de crack.– O governo federal ampliou em 17 vezes o valor previsto em verbas para combate ao uso de drogas e montou também um plano nacional contra o crack.Ok, faltam vagas para crianças dependentes químicas, um flagelo mostrado pelo Diário Gaúcho esta semana. Faltam mais apreensões da droga que chega pelas fronteiras. Mas tudo que está rolando é bem melhor do que vinha ocorrendo anos atrás, que era quase nada.-->
Motivos para otimismo
O levantamento publicado com exclusividade por Francisco Amorim nesta edição de Zero Hora dá margem a uma sensação de bem-estar. Aquele, oriundo de ver que finalmente as engrenagens do poder público se movimentaram com algum resultado.Os principais motivos para o otimismo:– As últimas contabilizações mostram que nunca se apreendeu tanto crack como de dois anos para cá. Claro, não sejamos ingênuos, a produção de crack também aumentou. Mas a situação poderia ser bem pior, convenhamos: a “pedra” rolando solta pelos cachimbos dos viciados e no bagageiro dos carros, sem ninguém para confiscá-la. A realidade mostra o contrário, que as operações policiais, mesmo não integradas, sempre resultam em farto material apreendido.– O governo do Estado lançou um programa pelo qual foram criadas 617 vagas em hospitais gerais, para internação de dependentes de crack.– O governo federal ampliou em 17 vezes o valor previsto em verbas para combate ao uso de drogas e montou também um plano nacional contra o crack.Ok, faltam vagas para crianças dependentes químicas, um flagelo mostrado pelo Diário Gaúcho esta semana. Faltam mais apreensões da droga que chega pelas fronteiras. Mas tudo que está rolando é bem melhor do que vinha ocorrendo anos atrás, que era quase nada.




Notícia Zero Hora 28 de maio de 2010 N° 16349Alerta

CERCO AO CRACK
Cresce apreensão da pedra
Desde o começo do ano, polícia retirou das ruas cerca de 4 mil unidades da droga, em média, por dia
Ao concentrar esforços no combate ao crack, as polícias conseguiram aumentar em 18,1% a quantidade da droga apreendida nos cinco primeiros meses de 2010 em comparação ao mesmo período do ano passado. Somadas as operações das polícias Civil, Militar e Federal, foram retiradas das ruas diariamente o correspondente a 4 mil pedras do entorpecente.Com exclusividade, Zero Hora teve acesso a levantamentos preliminares do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) e da Brigada Militar (BM) sobre as apreensões de drogas ocorridas no Estado. Eles revelam que dos 114 quilos de crack recolhidos em 2010, cerca de 60 quilos foram por meio de ações da BM, e outros 40 quilos em operações do departamento especializado. O restante, pouco mais de 14 quilos, foi localizado nas mãos de traficantes e usuários por agentes de delegacias de bairro. Já a Polícia Federal (PF) apreendeu pouco da droga neste ano. Apenas 99 gramas.O resultado positivo parece reflexo de dois movimentos das polícias Civil e Militar, que apesar de não integrados, tentam atacar o mesmo inimigo. O tráfico formiga. Enquanto o Denarc tem, desde o ano passado, investido em campanas em parques e nas proximidades de escola para desbaratar quadrilhas que assediam alunos (29 quilos foram apreendidos em abril na Operação Escola), a BM tem apostado no georreferenciamento das ocorrências de posse de entorpecentes para descobrir onde estão as bocas de fumo.– Descobrimos que traficantes estão saindo das vilas e oferecendo o crack fora das periferias, junto às escolas – comenta o delegado Luís Fernando Martins Oliveira, coordenador das investigações das delegacias do Denarc.Mesmo empolgado com os resultados, o policial faz uma ressalva: quanto maior a quantidade de droga apreendida, maior pode ser a sua disseminação no submundo do crime.– Os traficantes acham essa droga atraente, dá lucro imediato, então aumentam sua oferta – explica o delegado.Cocaína e maconha registraram quedaConforme ele, resultado disso é o fato de ter se tornado frequente a descoberta de quantidades maiores da droga em posse dos criminosos. Antes limitadas às centenas de pedras, as apreensões agora ultrapassam com facilidade as 5 mil unidades – cerca de um quilo da substância.Os dados oficiais ainda indicam que, diferentemente do fenômeno observado com o crack, foi registrada queda nas quantidades de cocaína e maconha apreendidas no Estado. A justificativa é de que essas drogas, de modo geral, são recolhidas em um número menor de ações policiais, mas em maiores quantidades.– Na análise anual, notamos que as apreensões dessas drogas também estão crescendo, mas uma grande apreensão pode ocorrer no primeiro ou no último trimestre, elevando os números gerais – explica o delegado.

Meu Comentário: Na minha opinião, não temos motivo algum para comemorarmos, ou até mesmo ficarmos otimistas, pois os números apresentados não representam nada, diante do assolamento que as drogas vem fazendo. Os dados antecipados nesta notícia, são risíveis: "a BM tem apostado no georreferenciamento das ocorrências de posse de entorpecentes para descobrir onde estão as bocas de fumo" , BOCA DE FUMO = DISTRIBUIÇÃO. – "Descobrimos que traficantes estão saindo das vilas e oferecendo o crack fora das periferias, junto às escolas – comenta o delegado", descobriu o ovo.
As ações de polícia são periféricas, ou seja, atacam o final da corente prendendo pequenos traficantes, querendo nos fazer entender que essas drogas são fabricadas dentros das vilas de nossas cidades, mas todo mundo sabe que não, ninguém monta uma fabrica de drogas no seu quintal, tampouco ás cultiva. Todos nós sabemos que tais drogas vem de outros estados ou países, e entram e são distribuídas para o varejo. Claro que é mais facil combater o pequeno tráfico, pois ele tem resiência fixa, a periferia de nossa cidade, pois lá mora os esquecidos pelos governantes, os sem oportunidades de trabalho, os sem escola, os sem renda mínima, enfim, os sem tudo, que vão abarrotando os presídios. Por que não combater a droga no atacado, o que falta para que isso aconteça? Coragem, armas, técnicas, efetivos, o que falta? Me parece um grande jogo de interesses, pois se acabarmos com o atacado o que iremos fazer, não teremos ninguém para prender, não teremos ninguém para julgar e condenar, não teremos presídios, para falarmos na imprensa que ele está abarrotado e que precisamos de uma licitação para construir mais um, e assim farei disso minha promessa de campanha política: - se eleito for, e mais não aparecerei mais na televisão dando entrevistas exclusivas falando: - foi a maior apreensão da pedra, já vinhamos monitorando o indivíduo a três meses. Me parece um grande jogo de interesses.

Paulo Dornelles

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